Mas afinal de contas, o que é essa tal modéstia?

Muitos, hoje em dia, vivem uma modéstia "exagerada", porém, sem sentido. Vestem roupas decorosas para que os outros vejam, e não com o intuito de externar o que está no coração. Isso não é modéstia. Isso é modinha.



É muito frequente observarmos garotas católicas comentando a respeito da modéstia feminina. Saias abaixo do joelho, blusas com manga, roupas sem decotes e que não marcam o corpo, uso do véu na Santa Missa e piedade na oração. Mas antes de prosseguirmos, precisamos perguntar: O que é modéstia? 

Certamente, você já deve ter ouvido alguém falar: "Nossa, fulano. Como você é modesto!", sempre que alguém tenta se sobressair a um elogio que lhe é feito, por exemplo. Pois é exatamente isso. A modéstia consiste na despretensão, na ausência de vaidade relacionada ao próprio valor. Uma pessoa modesta tem desprezo a tudo aquilo que provém de coisas luxuosas, ostentadoras, vaidosas. No entanto, há um grande perigo na busca pela vivência da modéstia.

Se não soubermos o sentido da vivência da modéstia, corremos o risco de sermos exteriores, como muitos tem sido, e por isso, criticados por algumas autoridades da Igreja. A modéstia é fruto da vivência da castidade do coração. Muitos, hoje em dia, vivem uma modéstia "exagerada", porém, sem sentido, porque comportam-se de forma a mostrar que vivem a modéstia e não apenas a vivê-la. Vestem roupas decorosas para que os outros vejam, e não com o intuito de externar o que está no coração. Isso não é modéstia. Isso é modinha.

Por outro lado, há aqueles que dizem que não precisam vestir-se com pudor, pois roupa não define se uma pessoa é de Deus ou não. Pois bem, de fato, a roupa não define a espiritualidade de ninguém, mas sim o contrário: a espiritualidade de uma pessoa, e o zelo que essa pessoa tem pelo que é sagrado, definirá o tipo de roupa com que ela deverá vestir-se.

Cabe destacar aqui, que a modéstia não passa apenas pela realidade do vestir-se, mas também de todas as outras atitudes e realidades humanas, como o comer, por exemplo. Não adianta ser recatado quanto às roupas e comer numa bacia, porque a comida que lhe sacia não cabe num prato comum. Também não adianta vestir-se honradamente e não ter piedade pela liturgia na santa missa, e não viver a castidade do corpo e do coração.

Assim, o Senhor nos convida a uma verdadeira e santa modéstia. Se para você, hoje, isso é muito difícil. Se é difícil comportar-se bem, vestir-se com pudor, respeitar as pessoas e ter piedade para com as coisas sagradas, significa que você precisa ver o que anda errado na sua vida de oração. Ou melhor, você precisa se perguntar: Eu rezo? ou finjo que rezo? Eu quero ser santo, ou quero mostrar para os outros uma falsa santidade? Quem eu sou quando estou sozinho, longe dos olhares do mundo? Respondidas essas perguntas, aproveitemos este tempo favorável de arrependimento, que é a quaresma, busquemos o sacramento da reconciliação e passemos a tentar viver bem a fé. Assim, a vivência da modéstia não será um peso, mas uma alegria, que não vem de forma forçosa mas, naturalmente. 

Em breve, novos artigos sobre a modéstia feminina e a modéstia masculina. Aguarde!

Deus abençoe!





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